sábado, 18 de novembro de 2006

moishe vende tudo

ó, recado do Moishe

moishe/ diz:
ateh se tu souber de alguem q queira comprar uma bateria pearl, um groovebox, uma elektribe ou uma caixa\amplificada....


se você se interessou envie mail pro Moishe
moimats@hotmail.com

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

é pro mugnolini

não dê bola...é um link pra mim mesmo. é que ando ruim da cabeça.

http://www2.uol.com.br/allansieber/filmes.htm

...e não foi em caxias....

Homem consegue colocar 116 uvas de uma vez na boca

Sydney, 17 (AE-AP) - Um americano conseguiu atirar 116 uvas na boca em apenas três minutos. Com o feito, ele espera entrar para o livro dos recordes, informou sua equipe de publicidade nesta sexta-feira.
Ao atingir a insólita meta, o texano Steve "Homem Uva" Spalding, de 44 anos, quebrou outro recorde pessoal ao usar a boca para pegar 1.203 uvas a uma distância de meio metro ao longo de meia hora. Não foi registrada a presença de oficiais do Guiness Book durante o feito de Spalding, realizado na Opera House, em Sidney, Austrália.
De acordo com assessores do "Homem Uva", o inusitado desafio gastronômico foi gravado e o material pode ser enviado para os responsáveis pelo livro dos recordes na esperança de conseguir registrar o recorde de velocidade e capacidade de armazenar uvas na boca.
Não existe essa categoria no livro.

asas de veludo

Eu vi.

Fui a Carlos Barbosa na véspera de feriado. Encarei, à trabalho (e como me divirto no meu trabalho) o Rock in Drio. Pra quem nãos abe é um festival de rock no interior da Serra Gaúcha realizado desde 1993. Isso mesmo, pode ficar com inveja. E mais, os caras abrem espaço para muitas bandas barbosenses. Pra encerrar, teve Locomotores e Pata de Elefante. Mas não fiquei para vê-las. Porque eu já tinha todo material de que precisava pra reportagem que será publicada sábado.

O melhor do festival foi a banda Asas de Veludo, de Carlos Barbosa. Uma boa noise nonsense e alucinada. São três os integrantes: Eduardo Bavaresco, 23 (vocal e guitarra); Jérson Armani, 27 (baixo); e Rudimar Weschenfelder, 28 (bateria). Mas, na real, o líder é o Eduardo. Ele é obcecado pela artista plástica Lígia Clark.

– Nossa música é agressiva porque é assim que vemos o mundo – explica Eduardo.

Quem é dono de bar precisa urgentemente levar essa banda pra tocar. É um show incendiário na certa.

Fotos da banda no Almanaque desse final de semana.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

baú de memórias do tio valter *

O tio Valter não teve carro. Mas conhecia todos os carros que via. Quanto mais velhos, melhor. Nunca teve o prazer de cruzar a Rota 66 num Cadilac conversível. Tampouco assistiu western em drive in. Jamais pensou em fugir de casa e virar piloto de alguma dessas máquinas velozes. Nem virou policial para perseguir bandidos e foras da lei. Tio Valter sempre foi de carona.

Num dia desses, depois de uns meses de insistência, eu e a Pati levamos o tio Valter no Museu do Automóvel, em Canoas. O importante não era só chegar lá e ver os carros antigos. O prazer do tio Valter era andar de carro. Sentado no banco de trás, com o cinto de segurança bem apertado, falava de tudo o que tinha mudado entre Porto Alegre e Canoas. Jorrava imagens do baú de memórias do Tio Valter.

O carro deslizando sobre o asfalto quente do meio-dia não era tão rápido quanto o passado que o tio Valter reconstruía. Tio Valter tinha o pé no passado. Tinha muita saudade. Não só dos lugares que mudaram, não só do glamour dos anos 40 e 50. Tio Valter sentia saudade das pessoas com quem conviveu. Em cada recordação citava os personagens mais importantes. Todos tinham nome e sobrenome. Não raro, tio Valter citava até a roupa que as pessoas vestiam na ocasião.

Tio Valter tinha saudades até das pessoas com as quais não conviveu. Sabia tudo sobre a vida das divas do cinema americano. Tio Valter, ensinou assim, mesmo sem querer, que o baú de memórias é a melhor parte da vida. Não só para alimentar boas conversas de bar. Porque quem tem histórias para contar vira o protagonista de em qualquer lugar. Mas sempre que abriu esse baú, me senti mais próximo do tio Valter.

Porque não nasci tendo o tio Valter do meu lado. Ele foi daqueles parentes que a gente chama de emprestado. Não é de sangue. Mas depois de ouvir tantas histórias e me sentir dentro delas, passei a ocupei um espaço importante no baú de memórias do tio Valter. Nada mais justo, então, que ele passe a habitar as minhas memórias. Tudo será passado a partir de hoje. Mas um passado tão vivo e inquieto como sempre foi o tio Valter.

* crônica de hoje do jornal Pioneiro