Um dia desses, na beira de um rio fumegante de frio, ouvi
Oblivion. Caminhei rio adentro, pés gelados e o sangue bombando desenfreadamente. A melodia fisgava meu corpo como se fosse uma bando de piranhas rasgando a pele. Fechei os olhos e segui caminhando. Atravessei o rio, atrás um rastro de sangue. Do outro lado do nevoeiro, Piazzolla seguia tocando
Oblivion.
- Eu tiro o que é da vida e entrego à morte. E quero que você continue devolvendo à vida cada morte sua.
foto: mugnolini
2 comentários:
perfeito
bah, sempre choro com Oblivion.
é côsa de louco o piazzolla.
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