terça-feira, 21 de novembro de 2006
poemeto sem nome
foto de Steven Pinker
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
pra assistir sem alucinógeno
Falando em David Lynch. Vi ontem "Coração Selvagem" (Wild at Heart), produzido em 1990.
Nunca tinha visto e comprei no Zaffari. Ao invés de chá com bolacha, eu preferi Dadiv Lynch.
É um filme brilhante, com o despudor, a demência e a insanidade que só cabe na cabecinha do Lynch. Na trama, Sailor Ripley (Nicolas Cage) é um homem carente, que não teve pai nem mãe para cuidar da sua educação. Ele acaba se apaixonando por Lula Fortune (Laura Dern).
Até aí, nada demais. Mas não esqueça, é um filme do David Lynch.
Já na primeira seqüência, enquanto desce as escadas de um suntuoso teatro um homem tenta ferir Sailor com um canivete (aqueles de camelô, de apertar o botãozinho). Sailor reage e dá uma coça de fazer jorrar miolos. Talvez tenha sido o melhor espetáculo já visto naquele espaço.
que jaqueta, hein amigo?
O filme segue e além de paranóia e medo, Lynch imprime um tom delirante e fantástico. Se antes imaginava-se que Lula e Sailor eram dois desmiolados, à medida que passa o filme, temos a confirmação. E mais, Marietta Pace Fortune (Diane Ladd), mãe de Lula, deve ter sido amante do capeta em outra vida.
Em função da violência sem fim (seja psicológica ou mesmo física) é fácil deduzir que Quentin Tarantino viu e reviu o filme zilhões de vezes para escrever os roteiro de "Assassinos por Natureza" (dirigido por Oliver Stone) e "Pulp Fiction", ambos de 1994. Outro filme que bebeu na fonte é "Kalifornia", de Dominic Sena, produzido em 1993.
p.s.: tente achar Isabela Rosselini no filme.
muuuuuuu!!
Como ninguém quer promover seu mais recente filme INLAND EMPIRE, Lynch resolveu sair pelos EUA com uma vaquinha a tiracolo.
Ana Maria Bahiana escreve, em seu blog:
"Armado de vaca, cadeira dobrável, um banner em que propõe a indicação de Laura Dern para melhor atriz e um cartaz em que diz "sem queijo não haveria um Inland Empire".
quase dez quase sem
Mas esse negócio de quase dez quase sem, anda tendo uma outra conotação em Buenos Aires. E não tem nada a ver com o Homem Bugio. É que faltam moedas no país. Tem padaria e banca de revista sem troco. Ônibus? Impossível de se andar, a menos que você tenha 80 centavos de peso.
Se é coisa rara dez centavos, imagina 80! O país, que anda sem orgulho, sobrevivendo feito zorilho, agora padece de falta de moedas. Se quiser mais detalhes, clique aqui.