O Festival de Cinema de Gramado, cujos vencedores serão conhecidos sábado, anda mudando. Não aponta com clareza que novo caminho é esse. Ou seria uma tentativa de voltar no tempo e restabelecer sua importância? É cedo para saber. Porque talvez os frutos dessa colheita só virão em 2009 e por aí vai. E toda e qualquer argumentação da consultoria técnica (José Carlos Avelar e Sérgio Sanz) é parcial e não seriam eles a dar o tiro no próprio pé.
De toda forma, a seleção dos filmes já revela que algo mudou. Esse ano não tem um filme vexatório, que dá vergonha assistir, como “Sonhos e Desejos”, de Marcelo Santiago. Tem sim uma inclinação para o cinema autoral. Herança visível da interferência de Sanz e Avelar, que em 2006 convenceram Andréa Tonacci a inscrever “Serras da Desordem”, que acabou levando três Kikitos (fotografia, diretor e filme).
Dos seis filmes brasileiros e cinco latino-americanos em competição esse ano, a maior parte evidencia um olhar particular. Seja através de uma leitura político-social (“O Cobrador”), ou humanista (“Deserto Feliz” e “El Baño del Papa”), ou ainda experimental (“Otávio e as Letras” e “Castelar e Nélson Dantas no País dos Generais”). Mas tem cinema mais tradicional e nada inventivo, como “Condor”, “Cocalero” e “Valsa para Bruno Stein”.
Sempre é um tiro no escuro imaginar quem vencerá cada uma das categorias, porque nunca se sabe o que os jurados (oficial e popular) vão indicar como os mais representativos. Durante essas seis noites de competição, alguns filmes receberam uma reação mais calorosa do público: dos brasileiros, “Deserto Feliz”, de Paulo Caldas e “Olho de Boi”, de Hermano Penna, e dos latino-americanos, “O Cobrador”, de Paul Leduc, e “El Baño de Papa”, de Henrique Fernández e César Charlone.
Nessa revisão de final de festival, fica a impressão de que esse ano o cinema se sobressaiu ao tapete vermelho. Não por imposição de ninguém. É que nessa edição os atores do segundo escalão, que tentam sobreviver fazendo novelas na Record não conseguiram muita atenção. Tietagem de peso foi com Lázaro Ramos (infelizmente ainda mais conhecido como o Foguinho do que por personagens como Madame Satã), Zezé Motta (justa homenagem com o Oscarito), Marília Pêra (que veio a tiracolo com Eduardo Coutinho).
Quem não vê com esperança um novo Festival de Cinema de Gramado, é porque não consegue dissociar o trabalho de formiguinha que vem sendo realizado com paciência com Sanz e Avelar, do triste período das sofríveis premiações de “Gaijin – Ama-me como Sou”, de Tizuka Yamasaki, em 2005, “Memórias Póstumas”, de André Klotzel, em 2001, ou “Vida de Menina” de Helena Solberg, em 2004. Até porque, por mais estrelas que Gramado coloque a desfilar no tapete vermelho, um bom festival se faz com bons filmes. E bons filmes foram exibidos. Espera-se que sejam esses os premiados.
O público agradece.
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
quarta noite de competição
Tapa na cara
Ontem foi a noite mais política do Festival de Cinema de Gramado. Na tela “O Cobrador – In God We Trust”, de Paul Leduc, e “Condor”, de Roberto Mader, abordavam sob pontos de vista bem diferentes, a interferência das ações políticas, algumas mais evidentes, outras endêmicas, do passado e do presente.
“O Cobrador” é mais uma prova de que para conhecer melhor que mundo é esse, repleto de interferências e influências da globalização, com choques estremados de desejos e necessidades, é preciso ver os filmes mexicanos. É invetável lembrar de “Babel”, de Alejandro González Iñárritu. Menos pela virulência e mais pela itinerância das histórias, espalhadas por Estados Unidos, Argentina, México e Brasil.
“O Cobrador” é mais porrada do que “Babel”. Literalmente. Já começa com o personagem de Lázaro Ramos (nominado como C) esbofeteando um dentista. E assim segue. Peter Fonda interpreta X. É um ricaço cheio de tédio e muito raiva, que adora atropelar mulheres indefesas. Ao mesmo tempo, Leduc costura essas tramas a outras tantas. Num momento as histórias se mesclam tanto que o espectador se confunde.
Mas é uma confusão que explicita esse mundo cada vez mais sedento de ar. Sufocados por sonhos improváveis, por uma vida que traga o mínimo de bem-estar os personagens C, de Lázaro e Ana, de Antonella Costa, estão empenhados em cobrar do mundo essa dívida. Entre os pedidos: “respeito, sorvete, camisas limpas e lágrimas limpas”. Tudo fruto do texto de Rubem Fonseca. Matéria prima desse inconstante mundo em decomposição. Política e moral.
Depois desse “tapa na cara”, o público conferiu o penúltimo concorrente brasileiro. “Condor” não tem o mesmo vigor, nem a mesma virulência, mas carrega nas costas o peso de um dos mais tristes capítulos da história da América Latina: a ditadura militar. O documentário disseca a Operação Condor, e mostra que o objetivo era prender, torturar e matar desafetos políticos.
O diretor Roberto Mader teve coragem de ouvir representantes da direita, entrevistou Pinochet Jr. e o general Manoel Contreras (braço direito de Pinochet).
Há momentos líricos, muito bem pontuados pela trilha sonora de Victor Biglione, mas alguns depoimentos pouco, ou em nada acrescentam. Fica a impressão de ser uma aula para quem desconhece o período, do que um documento que abre novos caminhos para a punição dos culpados.
Ontem foi a noite mais política do Festival de Cinema de Gramado. Na tela “O Cobrador – In God We Trust”, de Paul Leduc, e “Condor”, de Roberto Mader, abordavam sob pontos de vista bem diferentes, a interferência das ações políticas, algumas mais evidentes, outras endêmicas, do passado e do presente.
“O Cobrador” é mais uma prova de que para conhecer melhor que mundo é esse, repleto de interferências e influências da globalização, com choques estremados de desejos e necessidades, é preciso ver os filmes mexicanos. É invetável lembrar de “Babel”, de Alejandro González Iñárritu. Menos pela virulência e mais pela itinerância das histórias, espalhadas por Estados Unidos, Argentina, México e Brasil.
“O Cobrador” é mais porrada do que “Babel”. Literalmente. Já começa com o personagem de Lázaro Ramos (nominado como C) esbofeteando um dentista. E assim segue. Peter Fonda interpreta X. É um ricaço cheio de tédio e muito raiva, que adora atropelar mulheres indefesas. Ao mesmo tempo, Leduc costura essas tramas a outras tantas. Num momento as histórias se mesclam tanto que o espectador se confunde.
Mas é uma confusão que explicita esse mundo cada vez mais sedento de ar. Sufocados por sonhos improváveis, por uma vida que traga o mínimo de bem-estar os personagens C, de Lázaro e Ana, de Antonella Costa, estão empenhados em cobrar do mundo essa dívida. Entre os pedidos: “respeito, sorvete, camisas limpas e lágrimas limpas”. Tudo fruto do texto de Rubem Fonseca. Matéria prima desse inconstante mundo em decomposição. Política e moral.
Depois desse “tapa na cara”, o público conferiu o penúltimo concorrente brasileiro. “Condor” não tem o mesmo vigor, nem a mesma virulência, mas carrega nas costas o peso de um dos mais tristes capítulos da história da América Latina: a ditadura militar. O documentário disseca a Operação Condor, e mostra que o objetivo era prender, torturar e matar desafetos políticos.
O diretor Roberto Mader teve coragem de ouvir representantes da direita, entrevistou Pinochet Jr. e o general Manoel Contreras (braço direito de Pinochet).
Há momentos líricos, muito bem pontuados pela trilha sonora de Victor Biglione, mas alguns depoimentos pouco, ou em nada acrescentam. Fica a impressão de ser uma aula para quem desconhece o período, do que um documento que abre novos caminhos para a punição dos culpados.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
terceira noite
Estranha felicidade
Nem sempre a verborragia dá conta de explicar alguma coisa. Às vezes o silêncio é imperativo. Porque mesmo quando há muito pra se dizer, nem sempre é possível dizer só com as palavras. “Nascido y Criado”, de Pablo Trapero, e “Deserto Feliz”, de Paulo Caldas, exibidos ontem à noite na Mostra Competitiva, no Palácio dos Festivais, são bons exemplos disso.
“Nascido y Criado” revela, em um ritmo lendo e cadenciado, como se nunca estivesse acontecendo nada, a separação de uma família. A partir de um acidente automobilístico, Santiago (Guillermo Pfening) foge para um descampado no sul da Argentina. De uma forma sutil, quase sem palavras, alternando banalidades e situações de tristeza, solitude e medo, Santiago definha. Trancafiado em um dilema particular, se fecha para o mundo. Mas aí vem um telefonema banal e reata os pedaços espalhados da sua vida. E podia ter acabada aí, sem o previsível reencontro de Santiago e Milli (Martina Gusman).
Mesmo depois do intervalo e da homenagem a Zezé Motta, a inquietude seguiu durante a exibição de “Deserto Feliz”, do pernambucano Paulo Caldas (“Baile Perfumado”). Aliás, bem-vinda inquietude. Seguindo a mesma trilha da incomunicabilidade, Caldas conta a história de Jéssica (Nash Laila), menina de 15 anos que foge de casa e sobrevive como prostituta.
Nesse descaminho acaba encontrando Mark (Peter Ketnath) um turista de Berlin que a leva para a Alemanha. Essa relação que flerta entre o desejo, a paixão voraz, a troca de favores, deixa no ar um incômodo. Porque sempre fica a impressão do quase. Seria quase amor, quase abandono? Sentada à beira da cama Jéssica parece entregue a sina de uma estranha felicidade no deserto de Berlin.
Nem sempre a verborragia dá conta de explicar alguma coisa. Às vezes o silêncio é imperativo. Porque mesmo quando há muito pra se dizer, nem sempre é possível dizer só com as palavras. “Nascido y Criado”, de Pablo Trapero, e “Deserto Feliz”, de Paulo Caldas, exibidos ontem à noite na Mostra Competitiva, no Palácio dos Festivais, são bons exemplos disso.
“Nascido y Criado” revela, em um ritmo lendo e cadenciado, como se nunca estivesse acontecendo nada, a separação de uma família. A partir de um acidente automobilístico, Santiago (Guillermo Pfening) foge para um descampado no sul da Argentina. De uma forma sutil, quase sem palavras, alternando banalidades e situações de tristeza, solitude e medo, Santiago definha. Trancafiado em um dilema particular, se fecha para o mundo. Mas aí vem um telefonema banal e reata os pedaços espalhados da sua vida. E podia ter acabada aí, sem o previsível reencontro de Santiago e Milli (Martina Gusman).
Mesmo depois do intervalo e da homenagem a Zezé Motta, a inquietude seguiu durante a exibição de “Deserto Feliz”, do pernambucano Paulo Caldas (“Baile Perfumado”). Aliás, bem-vinda inquietude. Seguindo a mesma trilha da incomunicabilidade, Caldas conta a história de Jéssica (Nash Laila), menina de 15 anos que foge de casa e sobrevive como prostituta.
Nesse descaminho acaba encontrando Mark (Peter Ketnath) um turista de Berlin que a leva para a Alemanha. Essa relação que flerta entre o desejo, a paixão voraz, a troca de favores, deixa no ar um incômodo. Porque sempre fica a impressão do quase. Seria quase amor, quase abandono? Sentada à beira da cama Jéssica parece entregue a sina de uma estranha felicidade no deserto de Berlin.
segunda noite
Faca de dois gumes
A segunda noite da competição suscitou duas sensações. Inicialmente de alívio, porque os filmes exibidos ontem, “Cocalero” e “Olho de Boi”, são melhores do que os da primeira noite. Mas depois, veio aquele incômodo “e se for só isso”?
“Cocalero“, dirigido por Alejandro Landes, acompanha o então candidato à presidente da Bolívia, Evo Morales, nas eleições de 2005. Já de cara um inconveniente, como não chegou a Gramado a cópia em 35mm do filme, o público teve de se contentar com uma versão em DVD. Azar do diretor, que vai ter uma apreciação negativa do seu filme, porque a cópia digital tinha problemas de som e fotografia.
“Cocalero” não começa bem. Transita em diferentes pontos, chuta para todos os lados, como se quisesse entender para onde tinha de apontar. A câmera à espreita, quase nunca invasiva, o chamado cinema direto, é formalismo e proposta de linguagem narrativa. No entanto, pode também servir de escudo para a falta de idéias do diretor. Alejandro Landes só acompanha o nascimento do presidente Evo. Mas e aí, era só isso?
Como contraponto veio “Olho de Boi”, de Hermano Penna. O diretor sabia para onde ir, inclusive com quais ferramentas tinha de trabalhar. E arriscou. Pecou na resolução do conflito levantado, e no desenvolvimento da narrativa, mas tem apuro estético. O roteiro pretendia desenvolver uma história baseada na tragédia Édipo Rei, mas a plasticidade acaba se sobrepondo ao enredo.
A segunda noite da competição suscitou duas sensações. Inicialmente de alívio, porque os filmes exibidos ontem, “Cocalero” e “Olho de Boi”, são melhores do que os da primeira noite. Mas depois, veio aquele incômodo “e se for só isso”?
“Cocalero“, dirigido por Alejandro Landes, acompanha o então candidato à presidente da Bolívia, Evo Morales, nas eleições de 2005. Já de cara um inconveniente, como não chegou a Gramado a cópia em 35mm do filme, o público teve de se contentar com uma versão em DVD. Azar do diretor, que vai ter uma apreciação negativa do seu filme, porque a cópia digital tinha problemas de som e fotografia.
“Cocalero” não começa bem. Transita em diferentes pontos, chuta para todos os lados, como se quisesse entender para onde tinha de apontar. A câmera à espreita, quase nunca invasiva, o chamado cinema direto, é formalismo e proposta de linguagem narrativa. No entanto, pode também servir de escudo para a falta de idéias do diretor. Alejandro Landes só acompanha o nascimento do presidente Evo. Mas e aí, era só isso?
Como contraponto veio “Olho de Boi”, de Hermano Penna. O diretor sabia para onde ir, inclusive com quais ferramentas tinha de trabalhar. E arriscou. Pecou na resolução do conflito levantado, e no desenvolvimento da narrativa, mas tem apuro estético. O roteiro pretendia desenvolver uma história baseada na tragédia Édipo Rei, mas a plasticidade acaba se sobrepondo ao enredo.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Dois perdidos no Palácio dos Festivais
“CASTELAR E NELSON DANTAS NO PAÍS DOS GENERAIS”, de Carlos Prates, abriu o festival. O documentário é uma colagem de trechos de filmes realizados pelo Centro Mineiro de Cinema Experimental, na década de 70, em Minas Gerais. A estrutura é ousada, porque não apresenta os filmes como em um documentário tradicional. Prates tece as cenas desconexas como se fosse uma colcha de retalhos.
No entanto, essa abordagem diferenciada só confunde o espectador. É provocador, porque em nenhum momento explica de onde vem e para onde vai. Mas infelizmente o conceito narrativo e estético não encontra eco. Prates não tinha saída. Precisava contar a história desse movimento sem traí-lo. Não podia ser só mais um documentário. O que Prates não esperava era ser engolido por essa viagem vertiginosa e perder-se na profusão dos desejos.
“VALSA PARA BRUNO STEIN”, de Paulo Nascimento, veio logo a seguir. O filme abre com um lento plano desfocado. Aos poucos conseguimos visualizar as mãos de um homem amassando argila. A forma indefinida desse monte de terra instiga porque nos transporta a inconstância do personagem Bruno Stein (Walmor Chagas). Bruno trafega entre o mundo introspectivo que aflora nas esculturas e o cotidiano arrastado e tedioso.
Mas aí, perdoem o trocadilho infame, o filme avança e não anda. Se Bruno se vê quase perdido na inquietude dos sonhos, memórias e desejos; se a morte lhe persegue à espreita; se nem a palavra de Deus o aconselha mais, por que o filme não dá conta de assombrar o espectador com o triste fim que aponta a trama? Paulo Nascimento prefere a vaguidão que sugere esse descampado ao invés de jogar o espectador para dentro da alma confusa de Bruno.
No entanto, essa abordagem diferenciada só confunde o espectador. É provocador, porque em nenhum momento explica de onde vem e para onde vai. Mas infelizmente o conceito narrativo e estético não encontra eco. Prates não tinha saída. Precisava contar a história desse movimento sem traí-lo. Não podia ser só mais um documentário. O que Prates não esperava era ser engolido por essa viagem vertiginosa e perder-se na profusão dos desejos.
“VALSA PARA BRUNO STEIN”, de Paulo Nascimento, veio logo a seguir. O filme abre com um lento plano desfocado. Aos poucos conseguimos visualizar as mãos de um homem amassando argila. A forma indefinida desse monte de terra instiga porque nos transporta a inconstância do personagem Bruno Stein (Walmor Chagas). Bruno trafega entre o mundo introspectivo que aflora nas esculturas e o cotidiano arrastado e tedioso.
Mas aí, perdoem o trocadilho infame, o filme avança e não anda. Se Bruno se vê quase perdido na inquietude dos sonhos, memórias e desejos; se a morte lhe persegue à espreita; se nem a palavra de Deus o aconselha mais, por que o filme não dá conta de assombrar o espectador com o triste fim que aponta a trama? Paulo Nascimento prefere a vaguidão que sugere esse descampado ao invés de jogar o espectador para dentro da alma confusa de Bruno.
Muita luz, poucas estrelas
Até os taxistas andam reclamando do baixo movimento em Gramado. Imagine então quem veio para a cidade conferir as atrações do Festival de Cinema. Quem passa as noites circundado o tapete vermelho atrás das estrelas teve muito trabalho. Não para furar o cerco e conseguir uma fotinho exclusiva. Mas passou trabalho para encontrar as tais estrelas sempre prometidas por Gramado.
Se não fosse Walmor Chagas e Ingra Liberato, do elenco de “Valsa para Bruno Stein”, filme em competição exibido na noite de domingo, a tietagem teria de se contentar apenas com os atores do segundo escalão da Globo. Mas hoje tem homenagem a Zezé Motta e aguarda-se a vinda de José Wilker e Marília Pêra.
Se fora do cinema as coisas andam como aquele caminhão cheio de melancias que se acomodam durante a viagem, dentro dele ainda é cedo para apontar se Gramado reencontrou a trilha perdida. Se depender dos primeiros filmes exibidos na noite de domingo o festival se mostra mais perdido do que certo de um rumo.
Se não fosse Walmor Chagas e Ingra Liberato, do elenco de “Valsa para Bruno Stein”, filme em competição exibido na noite de domingo, a tietagem teria de se contentar apenas com os atores do segundo escalão da Globo. Mas hoje tem homenagem a Zezé Motta e aguarda-se a vinda de José Wilker e Marília Pêra.
Se fora do cinema as coisas andam como aquele caminhão cheio de melancias que se acomodam durante a viagem, dentro dele ainda é cedo para apontar se Gramado reencontrou a trilha perdida. Se depender dos primeiros filmes exibidos na noite de domingo o festival se mostra mais perdido do que certo de um rumo.
Assinar:
Postagens (Atom)