Um velho chorando. Sentado na escadaria de uma velha casa de madeira. Roçando o pé no assoalho riscado e podre. Barba rala e olhar amargo. Suspira, seca algumas lágrimas com a manga da camisa, apóia-se nos joelhos e levanta. Bate as botas cheias de barro na escada e entra na casa. Silêncio.
Na cozinha, abre a geladeira tira seis gatos albinos do freezer e os acomoda em seis pequenas cadeiras. Ele e os gatos à mesa jantam um rescaldo do almoço. Uma certa coisa gosmenta, fedorenta e, mesmo assim, de dar água na boca. A primeira garfada só vem depois da oração. Entre miados e grunhidos, todos dizem amém e devoram a comida.
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