Falando em David Lynch. Vi ontem "Coração Selvagem" (Wild at Heart), produzido em 1990.
Nunca tinha visto e comprei no Zaffari. Ao invés de chá com bolacha, eu preferi Dadiv Lynch.
É um filme brilhante, com o despudor, a demência e a insanidade que só cabe na cabecinha do Lynch. Na trama, Sailor Ripley (Nicolas Cage) é um homem carente, que não teve pai nem mãe para cuidar da sua educação. Ele acaba se apaixonando por Lula Fortune (Laura Dern).
Até aí, nada demais. Mas não esqueça, é um filme do David Lynch.
Já na primeira seqüência, enquanto desce as escadas de um suntuoso teatro um homem tenta ferir Sailor com um canivete (aqueles de camelô, de apertar o botãozinho). Sailor reage e dá uma coça de fazer jorrar miolos. Talvez tenha sido o melhor espetáculo já visto naquele espaço.
que jaqueta, hein amigo?
O filme segue e além de paranóia e medo, Lynch imprime um tom delirante e fantástico. Se antes imaginava-se que Lula e Sailor eram dois desmiolados, à medida que passa o filme, temos a confirmação. E mais, Marietta Pace Fortune (Diane Ladd), mãe de Lula, deve ter sido amante do capeta em outra vida.
Em função da violência sem fim (seja psicológica ou mesmo física) é fácil deduzir que Quentin Tarantino viu e reviu o filme zilhões de vezes para escrever os roteiro de "Assassinos por Natureza" (dirigido por Oliver Stone) e "Pulp Fiction", ambos de 1994. Outro filme que bebeu na fonte é "Kalifornia", de Dominic Sena, produzido em 1993.
p.s.: tente achar Isabela Rosselini no filme.
Um comentário:
melhor ainda ver no sofá agarradinha e dando gritihos estéricos hehehe
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