Não quero muitas coisas. Hoje, principalmente, quero coisas que não façam barulho. Nada que me tire dessa singela viagem rumo ao infinito do amor eterno. Aquele amor que não se perde nem mesmo depois da morte. Porque é dolorido ver ali suspirar pela última vez alguém que se ama muito, mas a vertigem é condição de renovação da vida. Vida eterna. Pelo menos é nisso em que acredito. Porque ali está escrito nas escrituras sagradas. E porque sinto no coração que é assim mesmo.
Perde-se o abraço carinhoso, o beijo do pai sempre amoroso, as risadas depois de uma garrafa de vinho, os gritos de gol daquela partida apertada e quase impossível de vencer, as palavras-guia. Isso tudo eu perdi com a morte do pai. Mas ganhei uma estreita relação que não cessa nem mesmo enquanto eu durmo. Não fosse assim eu não teria acordado mais feliz hoje porque em sonho meu pai sorria e me dizia que tudo está bem. E me pediu pra ficarmos bem.
Aquele sorriso só dele, encantador, charmoso e de quem sempre viveu a vida na sua plenitude. Na plenitude de um homem bom. Eta palavrainha em desuso "bom". Quem não o conheceu talvez não saiba ainda o que é um "homem bom". Eu sei e tenho me policiado pra aprender a seguir apenas o exemplo dele. E esse homem bom é ainda mais sublime do que você imagina. Talvez eu nunca alcance essa dádiva que meu pai um dia alcançou, mas te confesso que tenho me dedicado a isso. Com afinco. E muito, mas muito amor.
Agora vou dormir porque tô um pouco cansado.
Inté.
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