domingo, 12 de outubro de 2008

rèquiem

"É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais"


As frase são de Renato Russo, mas cabem agora, dentro dessa madrugada veloz, como uma luva. Parece terem sido escritos para o dia de hoje. Parecem ter sido escritos para o Cláudio, o meu pai-herói. Foi cedo, bem mais cedo que desejávamos. Mas se foi cedo é porque fez aqui muito, mas muito mais do que quase todos. E se foi cedo é porque fez tudo o que tinha pra fazer, e fez BEM FEITO.

Amou com mais intensidade e entrega do que qualquer poeta um dia sonhou. Foi cedo. Talvez cedo pra gente. Não pra Deus que ansiava pelo dia em que pudesse enfim conhecer o maravilhoso Cláudio. Deus estava louco pra conhecer o homem que, na sua simplicidade, transformou não só a sua vida, mas a vida de muita gente.

Cláudio semeou aqui o que muitos jamais sonham existir. Meu pai fez aqui o que muitos sequer imaginam que é possível de se fazer. Meu pai não é só talvez o último romântico, mas quem sabe um dos últimos humanistas, na essência da palavra.

Pois é, Deus só podia querer conhecer logo esse filho que teve uma missão tão linda aqui na Terra. Pai te amo. E fico tão feliz de ter podido dizer isso tantas vezes e sempre com convicção e olho no olho. Até o último minuto, com aquele brilho lindo no olhar. Brilho que dizia até logo, meu filho.

A benção, pai.

Com amor, teu filho.

4 comentários:

Anônimo disse...

a benção seu Cláudio...
com amor.

Letícia Friedrich disse...

mugnol, força querido amigo! seu pai continuará brilhando. bjs

Anônimo disse...

Semana triste, com lindas homenagens. Lá pra cima,pra cima das nuvens tem gente reunida, de certo, festejando a chegada de alguém muito querido. Um grande abraço diretor. Nádia

Mugnolini disse...

Com certeza, Nádia.

bjs