Charge do Iotti, de hoje, publicada no jornal Pioneiro.Homenagem ao Casara, líder de uma nova tribo
nos altos de um cidadezinha da África.
Cansado de comer zebra e beber cachaça de milho,
Casara anda rindo à toa com a papada na série B.
a casa do Mugnolini para você desfrutar da demência, delírio e desatino desse desvairado

Há muito tempo um filme deixou de ser só um filme. Explico: parece que o interesse é menor pelo que se vê através da tela do cinema ou mesmo pela telinha do computador, e se torna mais relevante a muvuca em torno da obra. Ou vai dizer que "Je Vous Salue Marie" (1985), do francês Jean-Luc Godard, se tornou célebre pela narrativa cinematográfica e não pela polêmica de ter sido vetado pelo Vaticano? Ou ainda o marketing do Manifesto Dogma 95, dos jovens realizadores dinamarqueses que impunham uma série de mandamentos para suas produções.
Saiu a lista dos vencedores do 40º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Bressane foi vaiado pelo prêmio de melhor filme por "Cleópatra". Não via inda, mas tem jeito de que vou gostar.
Saiu a lista dos filmes selecionados para o 29º Festival del Nuevo Cine Latinoamericano de Havana, que ocorre entre os dias 4 e 12 de dezembro, em Cuba. E tem gaúcho na lista. Wood & Stock: sexo, orégano & rock'n' roll, de Otto Guerra, concorre no concurso de animação.


Domingo é dia de ficar com a família. E isso também vale para as casas noturnas especializadas em diversão para pais estressados e noivos entediados. Sendo mais direto, isso também vale para a putaria. Dizendo com palavras mais bonitas e relembrando uma gloriosa fase da música brasileira, "saudosa maloca, maloca querida". E o que seria da humanidade sem sexo, sem aquele proibido, e fora do casamento. Quantas famílias são alimentadas porque uns e outros saem por aí redistribuindo a renda?

Depois, a banda invade o quarto do piá.

e enfim, fomos pra outra locação pra gravar a cena do jantar da família

O Zuzuwah é estrangeiro, mas tão estrangeiro, que suas músicas fazem cada vez mais sentido em Caxias. Não que elas não possam ser escutadas longe daqui. De fato, quem mais cola o ouvido na sua batida estranha, entrecortada com guitarras viajantes, e melodias de sopro assobiáveis, são os estrangeiros.
O senhor que é homofóbico e não consegue imaginar o amor entre dois homens, não assista ao filme Felizes Juntos. Porque se depois dos primeiros minutos o senhor suspeitar que esse universo lhe é mais próximo do que pensava, vai sair por aí culpando o cineasta chinês Wong Kar-Wai. E o pobre diretor não tem culpa de nada. Ele vive do ofício de contar histórias de amor. Sem pudor, porque assim são as verdadeiras histórias de amor.
"Tropa de Elite" virou uma febre, primeiro por ter vazado para a Internet e ser facilmente encontrado em qualquer camelô do Brasil. E segundo, porque trata da criminalidade e do tráfico de drogas a partir da visão do temido Batalhão de Operações Especiais (BOPE), do Rio de Janeiro.
Paulo Autran amou o teatro como poucos, menosprezou a televisão e fez menos cinema do que desejou. Sua estréia ocorreu na Vera Cruz, com "Veneno" e "Apassionata", ambos de 1952. Na carreira atuou em cerca de 20 filmes. Seu mais recente é "El Pasado", de Hector Babenco. O filme abre a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, dia 18.
A história de Mauro (Michel Joelsas) um menino apaixonado por futebol que vai passar as férias na casa do avô, mas sente muita saudade dos pais. Essa é a melhor, e mais singela, definição para "O Ano em que Meus Pais Sairam de Férias", filme de Cao Hamburger. O pano de fundo é o Brasil em 1970, às vésperas da Copa do México. Tempo da ditadura dos fuzis e da polêmica se Tostão poderia jogar como um terceiro atacante no vibrante time brazuca.
Sábado à noite. A chuva enfim dava uma trégua. No estacionamento da Yes Music Hall cerca de 3,5 mil pessoas aguardavam ansiosamente pelo show da NX Zero. Tinha menina de salto alto e cabelo com chapinha, mas também tinha menina de jaqueta de jeans rasgada e piercing na língua. Em comum, a identificação com as letras das músicas desses cinco rapazes paulistas. Algo como: “essa música é a minha vida!”.



foto EFE